30 julho 2011

E por fim, depois de ser magoada e menosprezada milhares de vezes, por amar alguém tão difícil como House, Cuddy parecia ter desistido… comprou uam casa nova para mudar com seu bebê, arrumou um namorado… mas parecia vazia: tudo que ela sonhava estava acontecendo, porque estava infeliz?
Porque definitivamente não escolhemos quem vamos amar… quem dera fosse assim, não haveria problemas, ninguém ficaria solteiro. A solução seria fácil e simples, casaríamos com o primeiro namorado, já que todo amor é igual.


O  episódio final de temporada de House, culminando tanto tempo de indecisão, incerteza, medo do futuro assombrando os dois personagens, me lembrou que ama-se por um sem número de sensações, sentimentos, emoções que o outro nos causa, sem sabermos o porquê. É por isso, que na aridez do mundo, como eu já disse aqui, o amor é o que resta de mágica em nossas vidas prosaicas… quanto mais se foge dele, mais ele se alastra. Como Camões descreve bem:
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Foi perfeito ver primeiro Cuddy ao contar para House que ficara noiva de outro, racionalizando e lhe dizendo que não o amava, que todos prosseguiam com a vida, menos ele, que ele não tinha nada, e se tornara um nada [o coração apertou vendo a cara de House]. E em um reviravolta impressionante, vemos o orgulhoso, imutável e rígido House, dizer à uma paciente, de coração aberto, que ele se tornara uma pessoal fria, terrível, e que ele tinha ficado como consequência disso solitário, mas que ela devia prosseguir, porque tinha um marido que a amava e uma vida pra viver

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